A adolescência, dos 12 aos 18 anos, é marcada por mudanças físicas rápidas e profundas, além do desenvolvimento do pensamento abstrato e da busca por identidade. Nessa fase, os amigos exercem grande influência, e o adolescente enfrenta desafios comportamentais. No início da vida adulta, dos 18 aos 40 anos, ocorrem decisões importantes sobre carreira, relacionamentos e estilo de vida, com a personalidade se tornando mais estável. A psicanálise contribui tanto na adolescentes quanto jovens adultos, oferecendo um espaço para refletir sobre seus desejos e lidar com incertezas, ajudando-os a fazer escolhas mais alinhadas com seu verdadeiro eu.

A ansiedade é uma reação natural a situações percebidas como ameaçadoras, mas pode se tornar prejudicial quando excessiva ou desproporcional. Na abordagem psicanalítica, a ansiedade é vista como resultado de conflitos inconscientes e emoções reprimidas. O tratamento busca explorar e compreender essas origens ocultas, oferecendo um espaço de escuta e livre expressão, permitindo ao paciente acessar e elaborar suas angústias. Ao fortalecer o ego e identificar mecanismos de defesa disfuncionais, a psicanálise ajuda a reduzir a intensidade dos sintomas, promovendo maior autoconhecimento e formas mais saudáveis de lidar com o estresse.

O mito da esfinge de Tebas nos ensina sobre a importância do autoconhecimento. Muitas vezes, focamos em conquistas externas, esquecendo de olhar para dentro, o que pode nos levar a sentimentos de ansiedade, baixa autoestima e frustração. O autoconhecimento é essencial para reagirmos adequadamente aos desafios emocionais e evitarmos ser "devorados" por eles. A psicanálise ajuda nesse processo ao explorar o inconsciente, permitindo que a pessoa compreenda seus desejos e conflitos, reencontre sua individualidade e faça escolhas mais alinhadas com seu verdadeiro eu.

A Neuropsicologia estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano, tanto em condições normais quanto em casos de déficits cognitivos. A Avaliação Neuropsicológica utiliza testes padronizados para identificar quais funções cognitivas estão afetadas e quais estão preservadas, auxiliando no diagnóstico e tratamento de condições como doenças neurodegenerativas, problemas neurológicos em crianças e adultos, e sequelas de AVC. O neuropsicólogo, com base nessa avaliação, desenvolve intervenções que ajudam o paciente a lidar com as consequências desses distúrbios de forma mais eficaz.

Meu trabalho com o público infantil, baseado na abordagem psicanalítica, oferece às crianças um espaço para expressarem suas angústias, medos e fantasias, fundamentais para seu desenvolvimento emocional, cognitivo e psicossocial. Desde a primeira infância, onde formam-se vínculos afetivos e há um rápido aprendizado, passando pela segunda infância, marcada pelo pensamento egocêntrico e pelo brincar imaginativo, até a terceira infância, com maior autoconceito e relevância dos colegas, a criança enfrenta desafios complexos.

A população acima dos 65 anos, embora em grande parte saudável e ativa, pode enfrentar desafios emocionais e físicos com a chegada da aposentadoria e mudanças nos papéis sociais e familiares. A sensação de inutilidade, desmotivação e baixa autoestima pode surgir devido à redução das atividades produtivas e ao afastamento dos filhos. Nesse contexto, a psicanálise oferece um espaço de escuta e reflexão, ajudando o idoso a ressignificar sua história de vida, lidar com questões de perda e envelhecimento, e fortalecer o ego para enfrentar essas mudanças de forma mais saudável. O processo terapêutico promove maior aceitação das transformações e bem-estar emocional.

Lidar com a perda é uma das experiências mais difíceis da vida, trazendo sentimentos profundos de abatimento e desinteresse pelo mundo externo. Freud definiu o luto como um processo de elaboração que, com o tempo, pode ser superado, mas, em alguns casos, pode se tornar patológico. O apoio psicológico, junto à rede de familiares e amigos, é essencial para evitar que o luto se torne destrutivo. A psicanálise ajuda ao explorar as emoções profundas e os conflitos inconscientes relacionados à perda, permitindo que o indivíduo compreenda e elabore o luto de maneira saudável, abrindo espaço para novos afetos e experiências.

O vínculo amoroso é uma construção diária que envolve aceitar o parceiro como ele realmente é, sem idealizações. Problemas nos relacionamentos devem levar a uma reflexão sobre nossas próprias atitudes, expectativas e influências familiares. Crises são inevitáveis, mas também são oportunidades para crescer e fortalecer o relacionamento. O amor surge quando nos amamos e ajustamos nossas atitudes, atraindo conexões mais saudáveis. A psicanálise contribui, ao explorar questões inconscientes, promover a autocompreensão e melhorar a empatia, fortalecendo o vínculo afetivo e ajudando o casal a lidar com as diferenças de forma mais equilibrada.